Nada. Essa é a verdade. A pergunta correta é: o que eu posso fazer para ME fazer feliz? Não adianta se esforçar para fazer os outros felizes sendo alguém infeliz. E eu sei que isso parece muito óbvio, mas por favor, acreditem quando digo que não é. Eu nunca fiz o estereótipo de pessoa feliz, mas por sorte, nunca tentei fazer muitas pessoas felizes também, pois sempre tive isso em mente. Acredito que minha amargura como ser humano deve-se exatamente por isso... Pouquíssimas vezes quis fazer alguém feliz, e quando eu finalmente me rendia, acabava por descobrir que aquela pessoa não valia a pena, por mais que eu gostasse dela. Então com o tempo você se torna um indivíduo cheio de amarguras e amarras que te impendem de confiar, entendem? É como se qualquer pessoa que você gostasse (seja como amigo ou como namorado/a) fosse te decepcionar, porque todas as outras te decepcionaram. E aí você pensa que deve dar uma chance, afinal, "nem todo mundo é igual" - eles dizem... E depois de relutar muito consigo mesmo e finalmente contrariar seu lado mais sensato, você dá uma chance para uma pessoa nova e... Adivinhem só? Exatamente... Se decepciona, outra vez. Mas você já sabia disso, então o que te faz se surpreender tanto? Talvez você se surpreenda por ser como eu, se achar muito inteligente e incapaz de se decepcionar novamente, mas a realidade é que você é como todas as outras pessoas... Mais cedo ou mais tarde, você acabará sucumbindo à vontade de confiar em alguém, de dar uma chance para alguém - principalmente se for para alguém que aparenta ser legal e "diferente de todos os outros". Não caia nessa outra vez, humanos são humanos e você não pode e nem deve depositar suas expectativas em outrem, além de si mesmo. Digo isso por ter pensado muito, desde o último post, na seguinte coisa: se eu decepciono à mim mesma, por qual motivo um indivíduo qualquer não me decepcionaria?
Sei que estou parecendo muito amargurada hoje, mas preciso dizer-lhes que não é este o caso. Depois do meu desabafo no último post, eu passei a me sentir melhor e bem menos deprimida. Acredito que o que eu precisava era apenas conversar com alguém - pois como havia dito, nos últimos tempos não tenho conversado com ninguém além da minha mãe. E de fato era isso, pois no dia seguinte já me sentia bem melhor! Mas estou falando sobre confiança (ou a falta dela) novamente porque esse é um assunto muito recorrente na minha vida. Sempre fui muito desconfiada, desde pequena... Minha mãe sempre me diz que eu era aquele tipo de criança que não falava com ninguém estranho, não ia no colo de outra pessoa além dela (e quando me pegavam sem consentimento, eu armava um escândalo), nunca gostei de muita proximidade - como beijos, abraços e esse tipo de coisa -, enfim... Digo isso apenas na intenção de exemplificar como sempre fui. No quesito amigos, sempre foi assim também... Eu não tinha muitos amigos, desde pequena. Entrei na escola com 4 anos, e desde que me lembro, sempre fui aquela criança que demorava consideravelmente para fazer amizade e depois que conhecia a maioria das pessoas, acabava por escolher um ou no máximo dois coleguinhas para serem meus amigos. Nunca fui do tipo de ter "grupo" de amigos, embora na minha adolescência bebia em grupo com uma galera aleatória, mas essa galera era composta de amigos da minha irmã, com quem eu de fato saía. Conhecê-los era apenas uma consequência e nunca consegui me tornar amiga deles, permanecendo com minhas duas amigas da escola (que não frequentavam tais lugares)...
Quero escrever muito mais! Porém já me estendi por mais tempo do que previ para este post... Se alguém tiver paciência de ler até aqui, já será muito! Então é melhor não me estender mais. Porém, quero apenas concluir o post, dizendo que aos poucos, durante essa semana, eu venho mentalizando para me reerguer e voltar a cuidar de mim, física e mentalmente. Até meus 15/16 anos eu fui uma pessoa muito espiritualizada... Não no sentido de ter uma religião fixa, mas sim no sentido da palavra "espiritualizada" mesmo... Eu acreditava numa força maior (Deus ou o que seja) que regia esse vasto Universo no qual vivemos. Acreditava em elementares da natureza e em todos os tipos de energias que regem nossa vida. Energizava cristais, acendia incensos, tirava tarô, fazia rituais de energização e etc. De repente, me tornei nisso que sou hoje: uma pessoa que perdeu tanto a confiança nas pessoas, que por sua vez perdeu também naquilo que alguns chamam de "divino". Passei a não acreditar em mais nada e a desconfiar de tudo e de todos. Eu não quero mais ser assim... Não estou dizendo que me tornarei espiritualizada novamente da noite para o dia, que de repente começarei a confiar mais nos outros e blá blá blá, pois se dissesse tais coisas eu estaria mentindo veementemente! Mas ouso dizer que quero buscar tal espiritualidade novamente... Quero me conectar outra vez com a natureza e equilibrar meu estado de espírito, assim como era antes. Eu tinha meus momentos ruins, sim, desde que me conheço por gente... Mas essa coisa da espiritualidade sempre me ajudava nos tempos mais difíceis. Atualmente, eu não tenho nada que me ajude, além de mim mesma... E por vezes, eu sozinha tenho me atrapalhado mais do que ajudado. Tenho empacado meu desenvolvimento como ser humano, ao invés de me auxiliar a crescer mental e espiritualmente. Acho que isso precisa mudar, e só eu posso começar essa mudança...
Continuo devaneando em outro post (ou não)... Beijinhos para todos que ainda lêem este blog e muito, muito obrigada mesmo, pelos comentários no último post. Eu precisava escutar tais palavras e saber que não estou tão sozinha quanto imagino. ♥
PS: hoje faz 34 dias que estou sem fumar. Passei de um mês! Isso é, além de um recorde, uma grande conquista que até 34 dias atrás eu imaginava ser impossível, devido a todas as tentativas falhas... Isso foi um tapa na minha cara, por viver dizendo para mim mesma que "de nada adianta tentar, se em todas as vezes que tento eu sempre fracasso". Ah, meus anjos... É de tanto tentar e cair que uma hora chegamos onde tanto almejamos chegar! Não importa que você dê apenas um passo e caia, o importante é não parar de andar. Os tropeços da vida apenas retardam nossa chegada ao objetivo final, mas não impede que cheguemos nele, nunca. ♥
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68,400 kg e um novo ciclo começa.
Eu já estou com esse peso faz em média um mês. Não tenho achado ruim, pois prefiro estabilizar do que continuar vivendo como uma ...
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Resumidamente: — Fecho o ano com 71,700 kg. Faltou pouco para sair da casa dos 70 kg. Mas, tenho o próximo ano todo para isso......
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Eu já estou com esse peso faz em média um mês. Não tenho achado ruim, pois prefiro estabilizar do que continuar vivendo como uma ...
Oi Roxy.
ResponderExcluirVocê é bem forte por pensar assim.
Eu tento agradar todo mundo, e raramente a mim mesma, e acabo levando dois tapas na cara SEMPRE.
Meus parabéns pela conquista dos 34 dias. Continue focada que quando perceber já terão passado meses!
Te entendo, amiga. Realmente as decepcões acabam criando uma sucessão de momentos inevitavelmente desagradáveis porque a gente dá uma chance a uma pessoa abrindo o coracão e depois se sente magoada e como se estivesse sido mais uma vez tratada de maneira injusta...Você merece os parabéns por ter parado de fumar e mais ainda por estar ainda blogando pois assim você tem maiores chances de melhorar o que precisa. Blogar ajuda muito. Estamos aqui no mesmo barco.
ResponderExcluirroxy a gente nao tem bola de cristal. voce nao pode já definir que vai acontecer algo ruim porque senao vc ja vai inconscientemente de encontro à isso. tb nao é pra ser retardada poliana o lado feliz de tudo. é só um futuro desconhecido. pode ter coisa boa, pode ter coisa ruim. vai ter dos dois. mas nao adianta sofrer por antecipacao, é só ir em frente, se curtir legal, se nao curtir sai fora. eu sei que parece simplista mas quando voce vai internalizando isso fica mais fácil. parabens pelos 34d sem tabaco. diva máxima perfeita sem defeitos! :*
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