Já faz um tempo e parece que nada melhora. Nada realmente muda. São as mesmas velhas reclamações, o mesmo velho vazio, a mesma velha falta de disciplina... Não vale só reconhecermos os maus hábitos, é preciso saber porque os desenvolvemos e como largá-los gradativamente. Eu sei que não desenvolvi maus hábitos da noite para o dia e não irei deixá-los da noite para o dia. É todo um processo. E é fácil desistir no meio dele.
A mudança para a outra cidade deu totalmente errado. Resumidamente: eu me mudei no final de dezembro (acho que dia 22/12 ou 23/12, pois no natal eu já estava lá) e antes do dia 17/01 eu estava de volta para a minha cidade natal. Infelizmente eu havia me mudado com a minha mãe e ela passou todos os dias na nova casa fazendo drama e chorando, arrependida de ter se mudado. O mais triste de tudo? Eu mudei tudo na minha vida para fazer com que essa mudança de cidade desse certo. Eu pedi para ser mandada embora da empresa onde trabalhava e ganhava razoavelmente bem. Eu arranjei outro emprego na cidade nova e dia 17/01 começaria a trabalhar como líder de loja. Por falta de condições financeiras, eu cedi em voltar com a minha mãe. Tive um começo de ano muito difícil... Desempregada, devendo parcelas da faculdade e conseguindo um emprego em fevereiro, mas que pagava apenas um salário mínimo, o que não supria minhas contas e fez com que eu me endividasse mais.
Enfim... Eu não faço o tipo de reclamar e lamentar. Então agora posso dizer que ainda estou na mesma empresa de call-center (onde consegui o emprego em fevereiro, após voltar para minha cidade), mas consegui trocar de produto e agora trabalho em um atendimento que é de segunda à sexta e o salário é um pouco maior (praticamente o que eu ganhava na loja da qual saí no ano passado). Eu só vou começar a receber esse salário à partir do mês de dezembro, talvez, porque o aumento lá é gradual. De qualquer forma, é melhor do que nada. Eu também continuo na faculdade, mas sem frequentar as aulas presenciais. Tenho focado nas minhas DPs (as matérias nas quais sou reprovada, que não são poucas). E assim eu tenho levado. Acho que tenho empurrado a vida com a barriga. Mas está tudo bem. Eu tenho conseguido levar as coisas e acho que é o que importa.
Eu não vou mentir e dizer que tenho estado feliz, porque não estou nada feliz. Na verdade, eu ando bastante triste desde dezembro, porque eu tinha me planejado para viver na nova cidade e por mim eu não teria voltado. Isso é algo que sempre ronda minha cabeça, pois me recorda como eu sou financeiramente dependente da minha mãe com 32 anos. Eu faço 33 anos em dezembro. Não tenho dinheiro para pagar um aluguel, me bancar sozinha pagando conta de água e de luz, mais internet e despesas básicas. É triste, mas é minha realidade. Então, eu prometi para mim mesma que vou usar esse resto de ano para tentar pagar minhas dívidas e talvez economizar um dinheiro até o final do ano que vem (2026). Quero ter uma vida diferente aos meus 35 anos... Não quero chegar aos 40 anos morando com a minha mãe por conta de dependência financeira.
Por fim, não deixei de me importar com meu peso também, mas é claro que engordei. Eu sempre engordo quando minha vida sai do meu controle. Parece que a bagunça do mundo exterior reflete no meu corpo propenso a ser gordo e asqueroso. E não digo isso por falta de amor próprio não... Eu gosto muito de mim e da pessoa que me tornei. Mas não gosto do meu corpo quando ele está gordo. É um direito que me dou de não gostar daquilo que acho feio: gordura. A última vez que me pesei foi dia 07/09, início do mês, eu estava com 82,700 kg. Claro que quis chorar, porque em julho do ano passado eu estava com 68 kg (longe de ser o ideal, mas ainda assim, bem melhor do que estar na casa asquerosa do 80 kg). Mas, como chorar não adianta de nada, eu apenas aceitei a realidade e comecei a ver o que estava fazendo de errado. Estou retomando o controle aos poucos e mês que vem vou me pesar novamente.
Enfim... Eu não sei quando retorno, mas espero retornar com notícias melhores e mais animada do que tenho estado nos últimos meses. Espero que quem ainda está por aí também esteja conseguindo levar a vida, mesmo diante de todas as nossas dificuldades. :)
Saudades de tempos melhores... ♥
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